quinta-feira, dezembro 24, 2009

sábado, dezembro 05, 2009

Mensagem do Secretário


Na impossibilidade de poder estar presente no jantar de Natal da JSD Alenquer, não quero deixar passar a data sem tecer alguns comentários sobre aquilo que é ser da JSD, no contexto social e político do nosso concelho.

Primeiramente, quero felicitar a Comissão Política da JSD Alenquer, não querendo de modo algum fazer uma acção propagandística da Comissão à qual faço parte, quero no entanto, enaltecer a coragem dos membros que a constituiram , "ressuscitando" a JSD em Alenquer. Obviamente que após um ano de trabalho, há sempre ilações positivas a retirar e outras menos positivas que se devem corrigir, no entanto apraz dizer-me que é com muito orgulho, independentemente daquilo que foi feito ou do que poderia ter sido feito no plano de actividades, que faço parte da JSD Alenquer e é com muito gosto que trabalho com as pessoas da Comissão que se mostraram interessadas.

Após este reparo, importa referir que no contexto social em que estamos inseridos, ser da JSD é sem dúvida uma grande honra, mas também um enorme desafio. Normalmente costumo dizer que a política deve ser entendida como um caminho sem regresso, no bom sentido, ou seja, quem se assume e consciencializa que de facto os ideais social-democratas servem de base à sua orientação ideológica, quando entra na política não deve ter medo de assumir que é da JSD, e deve em toda a parte dar a cara pelo partido.

Nesse sentido, é de enaltecer todos os militantes, independentes, que foram nas listas para as autárquicas, meros simpatizantes, que deram a cara, num concelho profundamente socialista, pelos ideais social-democratas.

É dificil ser governo, mas mais difícil é ser oposição, na medida em que, para além da entreajuda, união, seriedade que devemos ter enquanto parte integrante da política local, todas as acções preconizadas por nós, enquanto oposição responsável, devem ser vistas como alternativa, ao poder instaurado. Aquilo por que se deve bater um militante da JSD em Alenquer, é sem dúvida demonstrar que de facto, o nosso partido constitui sempre um alternativa ao poder, é por esse ideal que nos devemos bater, procurando fazer uma oposição séria, crítica, no sentido construtivo, ligada à defesa do interesse dos alenquerenses e com uma qualidade que por estas paragens não é muito visível, que é saber ouvir opiniões divergentes, respeitando-as com elevação democrática!

Falando em interesse, cabe-nos a nós jovens, como futura geração de políticos deste Concelho e deste País, desmistificar aquela ideia profundamente enraizada de que a política é só para os tachos. Neste sentido é importante esclarecer que nós na JSD, somos pessoas com vida para além da politica, uns trabalham, outros procuram formação académica mais qualificada para poderem ter um bom futuro profissional. Aquilo que é importante esclarecer é que nós, jovens social-democratas estamos na política não pelo interesse profissional, ou tirar vantagens desse envolvimento na política, mas sobretudo porque sentimos que temos capacidade e competência para apresentar as melhores propostas para os jovens e para os alenquerenses em geral.

A politica deve ser entendida como uma forma de dar o nosso contributo à sociedade, colocando o interesse geral em detrimento do interesse particular, pois só assim é possível ser um verdadeiro politico, um político que se sente com capacidade de dar o melhor de si, em prol dos outros concidadãos.

A JSD em Alenquer, é uma juventude em crescimento, resistente às critícas, defensora do debate de ideias, que comporta jovens, cientes da responsabilidade que têm ao assumirem esta camisola laranja. Sem medos e com convicções fortes de que esta é a melhor forma de servir as pessoas, esta é a nossa maneira de estar na política lutando pelos nossos princípios, com respeito, seriedade, honestidade, e sobretudo com a certeza de que o que é feito é um pouco de nós próprios em beneficio de um todo!

A Política é uma obra inacabada, nós jovens temos de prosseguir a obra dos mais velhos, sob pena de que os ideais de Abril se suavizem com o tempo. A Política é a prova e a oportunidade de nós jovens mostrarmos que criticar não basta, que é preciso agir, e nesse sentido é necessário apelar à solidariedade, deixando o egoísmo de parte, porque a política é isso mesmo, dar sem esperar nada em troca!


Secretário

Pedro Oliveira Santos

Francisco Sá Carneiro faleceu no dia 4 de Dezembro de 1980, num acidente de aviação, em Camarate, quando se dirigia para o Porto para apoiar o candidato à Presidência da República pela Aliança Democrática(AD), o General Soares Carneiro.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, advogado de profissão, pertenceu à ala liberal da Acção Nacional, único partido permitido no Estado Novo, na Assembleia Nacional.

Em 1974, após o 25 de Abril torna-se o primeiro secretário- geral do PPD/PSD, partido que fundou juntamente com Pinto Balsemão, Magalhães Mota, entre outros.

No momento trágico da sua morte, exercia as funções de Primeiro-Ministro de Portugal, existindo para esse dia fatidíco, várias teses quanto à causa do acidente que o vitimou.

Independentemente de toda a suspeição em volta do sucedido, a verdade é que 29 anos depois da sua morte, o espírito de Francisco Sá Carneiro continua bem presente na memória dos social-democratas.A sua morte constituiu uma enorme perda para o PPD/PSD, pois era uma homem de carácter, com convicções ideológicas bem definidas, respirando o verdadeiro espiríto da social democracia e da liberdade democrática enquanto valores essenciais para o funcionamento do País.

Apesar de ter partido relativamente cedo, Sá Carneiro deixou a sua marca e o seu cunho pessoal na política portuguesa, contribuindo grandiosamente para o enraizar do novo regime democrático que então se instaurava. Não obstante isso, é recordado como um dos fundadores do PPD/PSD e sem dúvida que o dia 4 de Dezembro será sempre um dia triste, com um sentimento de perda, não só pela pessoa que era, mas pelo político que foi, debatendo-se pelos ideiais da social-democracia.

Se há homem que soube interpretar o verdadeiro sentido da Social-Democracia, esse homem foi sem dúvida Francisco Sá Carneiro! O partido viu partir antes do tempo o seu pai, um dos seus pilares, restando a quem se revê nos ideais da social-democracia, um profundo sinal de pesar, mas sobretudo de respeito e orgulho por pertencer a um partido, fundado por este grande homem.

Até Sempre Sá Carneiro.







quarta-feira, dezembro 02, 2009