quinta-feira, janeiro 12, 2006

Não nos dão Cavaco...


A campanha eleitoral começou à "meia dúzia" de dias, mas continua na mesma toada que nos habituou em pré-campanha. Os candidatos presidenciais dividem-se em dois grupos bem definidos: os que têm projectos e os que criticam os projectos dos outros.
Não será necessário uma análise exaustiva para perceber que no primeiro grupo se inclúi os candidatos Aníbal Cavaco Silva e Manuel Alegre, e no segundo grupo o "trotsquista" Louçã, o "grande revolucionário socialista" Mário Soares, e o candidato Jerónimo de Sousa.
O candidato apoiado pelo MRPP, Garcia Pereira, passa completamente ao lado desta campanha eleitoral.
Os que criticam
O Professor e Economista Louçã apresenta-se nesta campanha da mesma forma que aborda a política, radical e sem sentido de Estado. Muito crítico das propostas apresentadas pelos adversários, não explora as suas ideias, nem apresenta propostas: é claramente uma campanha anti-Cavaco.
O Dr. Mário Soares, também ele muito crítico de Cavaco Silva, assenta agora o seu discurso na grande e louvável luta contra o Estado Novo. Mas durante quanto tempo pagaremos esta factura? A revolução de Abril foi à quase 32 anos... Não será importante renovar a classe política, atendendo inclusivemente às mudanças imensas na envolvente sócio-cultural e económica? Ou viveremos presos ao passado, idolatrando os grandes lutadores da liberdade, e impotecando o futuro?
Fala de estabilidade governativa, mas ele é um dos maiores críticos da política seguida pelo Engº Sócrates.
O passado político de Mário Soares exigia mais do que uma campanha de críticas pessoais, provocações e falta de ideias.
O candidato apoiado pelo PCP está igual a ele próprio... muito crítico de Cavaco e dos seus Governos, que representaram uma das melhores fases economico-financeiras do país, com taxas de crescimento do produto impressionantes; controlo rigoroso do Índice de Preços no Consumidor: principal indicador inflacionista, até então descontrolado; controlo do preocupante Défice da Balança Comercial e simultâneamente cumpriu-se, o acordo do SMTC (manter o escudo na banda de variação face ao Ecu) e cumpriu-se o Plano de Estabilidade e Crescimento (estes dois últimos conduziram à introdução do Euro);
Não se entende o discurso Sr. Sousa, que por ideologia ou convicção tende a seguir o discurso dos seus antecessores, já gasto de tanto ser apregoado. Será que só os senhores do PCP é que têm coração e se interessam pelos interesses dos trabalhadores? Acho que não!
Os que apresentam propostas
O candidato-poeta Manuel tem-se apresentado nesta campanha intreventivo e com propostas concretas. Apresenta-se com respeito face a todos os adversários, e em vez de optar pelo caminho mais simples que é, e sempre será o da crítica, optou pela proposta, pelo confronto de ideias.
Pelos vistos, quem propõe, quem apresenta ideias, quem opta pelo caminho da discussão e confronto de ideias não tem lugar no Partido Socialista.
O candidato em vantagem nas sondagens, bem patente no que se tem visto em campanha e pré-campanha eleitoral, no consenso e na mobilização que gera em cada localidade a que se desloca, Professor Universitário nas duas melhores escolas de Economia do país, e das melhores da Europa, é sem dúvida um expert em matéria económica e finanças públicas. Mas mais do que isso o Prof. Cavaco Silva é também um homem com imensa visão de estado, bem visível na campanha eleitoral que tem desenvolvido: com base na elevação, ideias, propostas, e respeito pelos outros candidatos.
Tem sido atacado nas mais variadas frentes, e sempre com elevação responde às críticas dos adversários com trabalho!
Muita agitação para tão poucos dias de campanha... ainda temos mais 10 dias pela frente! Venham eles... porque para os "que não nos (lhe) dão (dês) Cavaco temos Cavaco para lhes dar!
José Afonso
(Vice-Presidente CPS JSD Alenquer)

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